Como montar um orçamento doméstico simples e eficiente

11/24/20253 min read

person holding pencil near laptop computer
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Montar um orçamento doméstico é um dos passos mais importantes para manter a saúde financeira de uma família — ou mesmo de uma pessoa que mora sozinha. Com ele, é possível ter controle total sobre os gastos, tomar decisões mais conscientes e alcançar objetivos financeiros com mais clareza. Neste artigo, você vai aprender como criar um orçamento simples, eficiente e totalmente adaptável à sua realidade.

O que é um orçamento doméstico?

O orçamento doméstico é um plano que mostra quanto dinheiro entra na sua casa e como ele será distribuído ao longo do mês. Ele permite visualizar todas as receitas e despesas, ajudando a evitar dívidas, organizar pagamentos e até economizar.

Um bom orçamento não precisa ser complicado — ele só precisa ser realista, organizado e fácil de manter.

Por que fazer um orçamento doméstico?

Muitas pessoas acreditam que fazer um orçamento é só para quem está com problemas financeiros, mas isso não é verdade. Todo mundo pode (e deve) ter um.

Alguns benefícios:

  • Saber exatamente para onde vai seu dinheiro

  • Reduzir gastos desnecessários

  • Evitar o uso do cartão de crédito como solução de emergência

  • Planejar compras, viagens ou investimentos com mais tranquilidade

  • Garantir que todas as contas serão pagas no prazo

  • Aumentar a capacidade de poupar

Agora que você entendeu a importância, vamos ao passo a passo.

Passo 1 – Liste todas as suas receitas

O primeiro passo é saber quanto dinheiro entra na sua casa todos os meses. Isso inclui:

  • Salário líquido (de todos os membros da casa que contribuem)

  • Renda extra (freelas, bicos, comissões, vendas)

  • Benefícios (aposentadoria, pensão, auxílios)

  • Qualquer outra fonte de receita

Se sua renda varia de mês para mês, calcule uma média com base nos últimos três meses e use esse valor como base.

Passo 2 – Liste todas as despesas fixas

Despesas fixas são aquelas que acontecem todos os meses e têm valores geralmente parecidos. Exemplos:

  • Aluguel ou financiamento

  • Água

  • Luz

  • Internet

  • Telefone

  • Transporte

  • Alimentação básica

  • Mensalidade escolar

  • Plano de saúde

  • Assinaturas (streaming, academias, etc.)

Anote o valor de cada uma e some tudo para ter o total de despesas fixas mensais.

Passo 3 – Liste as despesas variáveis

Essas despesas mudam de mês para mês, e muitas vezes são as que mais desequilibram o orçamento. Exemplos:

  • Lazer

  • Delivery

  • Combustível (quando varia muito)

  • Compras de roupas

  • Presentes

  • Manutenção da casa

  • Remédios eventuais

  • Viagens, festas, entre outros

Nessas categorias, é importante definir um limite mensal de gasto, baseado no que você realmente pode pagar — não no que gostaria de gastar.

Passo 4 – Inclua pagamentos de dívidas (se houver)

Se você está pagando parcelas de dívidas, como:

  • Empréstimos

  • Cartão de crédito parcelado

  • Financiamentos

  • Acordos com credores

Eles devem estar no orçamento. É essencial garantir que essas parcelas sejam pagas no prazo para evitar juros e novas dívidas.

Passo 5 – Estabeleça uma meta de economia

Sim, mesmo com pouco dinheiro, você pode (e deve) guardar um pouco. Criar o hábito de poupar ajuda a:

  • Montar uma reserva de emergência

  • Planejar o futuro

  • Evitar dívidas inesperadas

Comece com um valor pequeno, como R$ 50 ou R$ 100 por mês, e aumente conforme for possível. O importante é incluir essa economia no orçamento como uma despesa obrigatória.

Passo 6 – Compare receitas e despesas

Agora vem o ponto mais importante: suas despesas totais não podem ultrapassar suas receitas.

  • Se sobrar dinheiro: ótimo! Direcione para a economia ou antecipação de dívidas.

  • Se faltar dinheiro: é hora de revisar os gastos variáveis e cortar o que for possível.

O objetivo é sempre fechar o mês com as contas equilibradas — ou no azul.

Passo 7 – Escolha uma ferramenta para manter o controle

Você pode fazer seu orçamento de várias formas, o importante é escolher uma que seja fácil de usar:

  • Planilhas no Excel ou Google Sheets

  • Caderno físico

  • Aplicativos de controle financeiro (existem muitos gratuitos)

O que importa é que você atualize os dados frequentemente e mantenha o hábito.

Passo 8 – Envolva a família (se aplicável)

Se você mora com outras pessoas, é importante que todos estejam alinhados com o orçamento. Converse de forma aberta sobre:

  • O que está sendo gasto demais

  • O que pode ser cortado ou reduzido

  • Como cada um pode colaborar

  • Quais metas todos querem alcançar juntos

Essa participação coletiva fortalece o comprometimento com a organização financeira.

Passo 9 – Faça uma revisão mensal

Todo início ou fim de mês, sente-se por alguns minutos e revise o orçamento:

  • O que foi gasto a mais?

  • Onde você economizou?

  • Quais metas foram atingidas?

  • O que precisa ser ajustado?

A revisão evita surpresas desagradáveis e permite melhorar o controle financeiro a cada mês.

Dicas extras para manter o orçamento funcionando

  • Tenha disciplina, mas não seja radical demais

  • Mantenha o foco nos seus objetivos

  • Use o orçamento como uma ferramenta de liberdade, não de punição

  • Evite gastos por impulso, especialmente parcelamentos

  • Recompense-se de forma consciente ao atingir metas

Um orçamento bem feito muda vidas

Montar um orçamento doméstico simples e eficiente é mais do que uma tarefa financeira: é um passo em direção à sua tranquilidade, equilíbrio e liberdade. Você passa a ter o controle do dinheiro — e não o contrário.

Com planejamento, constância e pequenas atitudes diárias, você vai perceber que a organização financeira está ao seu alcance, independentemente da sua renda.